terça-feira, 26 de março de 2013

Amor





“Anoitecia na aldeia. As montanhas ao redor estavam cobertas por graciosas mantas de neve. Próximo à fogueira, reflexivo, eu me aquecia. Sentia-me só. Tentava encontrar uma explicação para aquela e outras situações que se repetiam indefinidamente. Naquele momento, certamente esquecia-me de que a vida é a mestra do inusitado, do impensado, da constante renovação. A suave aproximação daquela guerreira me despertou para essa verdade. Com um delicado movimento, ela sentou-se ao meu lado, recostou-se em meu peito e me serenou com uma revelação: “Trago até você o amor que sinto. Não me pergunte a razão, estou falando de amor...”. Compreendi, comovido, que ela não expressava apenas o que sentia, mas me lembrava de que a vida não se manifesta para ser explicada, mas para ser vivida, para ser inadiavelmente sentida... Afinal, estamos falando de amor...”




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