“Anoitecia
na aldeia. As montanhas ao redor estavam cobertas por graciosas mantas de neve.
Próximo à fogueira, reflexivo, eu me aquecia. Sentia-me só. Tentava encontrar
uma explicação para aquela e outras situações que se repetiam indefinidamente.
Naquele momento, certamente esquecia-me de que a vida é a mestra do inusitado,
do impensado, da constante renovação. A suave aproximação daquela guerreira me
despertou para essa verdade. Com um delicado movimento, ela sentou-se ao meu
lado, recostou-se em meu peito e me serenou com uma revelação: “Trago até você
o amor que sinto. Não me pergunte a razão, estou falando de amor...”.
Compreendi, comovido, que ela não expressava apenas o que sentia, mas me
lembrava de que a vida não se manifesta para ser explicada, mas para ser
vivida, para ser inadiavelmente sentida... Afinal, estamos falando de amor...”
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