Tenho
respostas para encontrar. Encontrá-las não é o desafio, mas sim descobrir que
perguntas me levam até elas. Não sei se tenho medo do amor; se tenho medo da
entrega porque tenho medo da perda; se tenho apego a esse medo; se tenho apego
ou amor quando dependo da presença de alguém; se tenho medo do apego que se
disfarça de amor; se, por isso, abraço ou rechaço; se sigo ou retorno; se
insisto ou desisto. Arrisco um gesto ou outro e prossigo com o meu padrão de
tentativas e erros, se é que existem erros. Nessa ambígua atmosfera,
entretanto, eu evoluo. Não me importo em ser alguém que pouco sabe de tudo.
Tenho a ousadia de buscar o meu caminho assim mesmo. Mas, caminho para onde?
Para o lugar perfeito? Lá, onde a provocativa dualidade evoluiu para a harmoniosa
unicidade em que convivem todos os contrastes? Se houvesse um caminho para o
lugar perfeito, eu o seguiria. Não existe esse lugar, senão em mim. Então, que
lugar é esse dentro de mim? É a minha essência! É quem eu sou. Mas, quem eu
sou? Não quero saber... Basta-me ser. E do jeito que eu sou.
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